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Concurso do IFAC – Panorama reflexivo.


Saudações a quem tem coragem.

Aos que tão aqui pra qualquer viagem.

Não fique esperando a vida passar tão rápido.

A felicidade é um estado imaginário.”

Dé / Frejat / Guto Goffi

Lamentavelmente duas (2) vagas de Arquivista e uma (1) de Técnico em Arquivo do Instituto Federal do Acre não foram preenchidos por falta de candidatos aprovados.

Apesar de existirem 16 cursos de Arquivologia no Brasil, algumas regiões ainda sentem o reflexo dos poucos cursos de arquivo, principalmente na Região Norte.

Se o concursos público de arquivista na UNIRIO teve uma relação de 200 candidatos/vaga, na Região Norte esta relação se aproxima de 0 candidatos por vaga.

As Regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste possuem poucos curso de arquivologia. No caso do Norte Apenas a UFAM e a UFPA possuem curso de Arquivologia e o reflexo disso é a falta de candidatos aprovados.

Se por um lado, os aventureiros arquivistas dispostos a trocar o conforto de seu estado de origem, encontram a facilidade de um numero muito baixo de concorrência, por outro lado são poucos os que encaram este desafio da mudança radical para uma outra cidade, outro estado ou até outra região.

Na opinião de alguns arquivistas, “O problema da não procura pelas vagas está na distância e no gasto altíssimo que o candidato, muitas vezes desempregado, terá só com o deslocamento. Para o Acre as passagens são caríssimas.” salienta Katia Ribeiro do Instituto Federal de Alagoas – IFAL.

Para André Luiz Ogano Pereira, Arquivista do CEFET-MG, um dos principais fatores é que “os vencimentos não são atrativos. O mercado de trabalho, as motivações pessoais, as condições oferecidas, bem como os atrativos que a outra cidade pode oferecer e o limite de distância pesam na escolha por mudar.”

O fato é que estes casos não acontecem apenas no Acre. “Duas vagas para Arquivista da Universidade Federal de Tocantins – UFT também não foram preenchidas no último concurso, uma no Campus de Porto Nacional (cerca de cinquenta quilômetros da Capital Palmas) e as vagas de Araguaína-TO, cidade bem maior, mas muito distante da capital.” salientou a arquivista Rosaura Antunes da Universidade Federal do Tocantins – UFT.

“Apesar da distância e custos pra se deslocar pra vários estados desse país imenso, muitos que teriam condições de ir a estados mais distantes pra prestar concurso simplesmente não vão, por que esperam a oportunidade de ouro dentro da própria cidade.” afirma Katia.

A principal consequência de vacância destas vagas, é que os gestores das instituições que não tem os cargos preenchidos, podem trocar o código de vaga de arquivista para outro cargo, (como por exemplo Bibliotecário-Documentalista) e os arquivistas terem seu campo de atuação reduzido em função da ausência de candidatos.

Assumir um cargo público em outra região engloba uma série de variáveis mas requer também certa doação e coragem. E Como diz a letra da música do Barão Vermelho: Saudações a quem tem coragem de mudar!

Uma resposta em “Concurso do IFAC – Panorama reflexivo.”

Eu tive coragem e mudei! Mudei e não me arrependi! Estou muito feliz e orgulhoso de estar morando em Boa Vista/Roraima! Deixei o RS, meu estado natal, onde prestei muitos concursos, obtive muitas aprovações, mas no entanto no âmbito federal, nenhuma nomeação. Em 2012 fiquei em 4º no IFSC. Em 2012 o IFRR abriu concurso para 2 vagas para arquivista e nenhuma foi preenchida. Convocaram os aprovados que com certeza não seriam chamados pelo IFSC e aqui estamos! Digo "estamos" porque a segunda vaga foi também preenchida por mais uma corajosa e destemida arquivista do sul que também viu no norte do Brasil a oportunidade maravilhos de exercer sua profissão numa instituição federal de excelente qualidade e que nos acolheu de braços abertos.

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